ANTECEDENDO o "Dia 19" - agradeço PAI, os muitos "sinais" que me tens enviado e pelo progenitor que mereci, de seu nome Manuel


Era uma vez...

Abou Ben Adhem acordou certa noite, de um sono profundo de paz e viu sob o brilho da lua no seu quarto, um anjo escrevendo sobre um livro de ouro. A paz duradoura tornara Ben Adhem ousado e falou assim á "presença/entidade", ali no seu quarto:
- O que escreves? - o Anjo ergueu a cabeça e com um olhar cheio de doce harmonia respondeu:
- Os nomes daqueles que amam o Senhor!
- O meu nome é um deles? - perguntou Abou
- Não. Não é - retorquiu a "Entidade".
Abou falou mais baixo, e de coração nas mãos, disse-lhe:
- Peço-te então que escrevas o meu nome como o de alguém que ama os homens seus irmãos. -
O Anjo escreveu e seguidamente desapareceu.
Na noite seguinte, regressou, num grande clarão de Luz e mostrou os nomes que o Amor de Deus abençoara.
E para espanto...o nome de Ben Adhem ENCABEÇAVA OS RESTANTES.

Esta poderia ser uma história, entre muitas que se contam, destinadas a alertar CONSCIÊNCIAS.Mas deixa de ser uma história, quando ela própria é a REALIDADE! - Essa nossa realidade INVISÍVEL...que nos toca.
Leiam então o que sucedeu:

Na manhã do dia 18 de Maio de 2003, com 93 anos, lúcido e independente, o meu pai "partia" de repente, com um AVC fulminante, quando se preparava para ir ao aniversário dum familiar.
Hoje, e publicamente, dou conta do texto acima, que ficou por ler, no dia em que tinha determinado.
Tudo começou quando fui marcar - com 1 mês de antecedência - a habitual missa do 7º dia; paga, claro - contrariando o que vem escrito nos vários "Livros Sagrados".
Naquela altura, dirigi-me ao Mosteiro dos Jerónimosconhecido também por Santa Maria de Belém, aí fui baptizada e a cuja freguesia pertencíamos - solicitei então ao prior, que me autorizasse a ler uma história que no meu entender, era muito bela; embora fosse avisando que a mesma, não sustentava características "católicas", mas sim, universalistas ou ecuménicas. Franziu o sobrolho, mas lá foi respondendo:
- Quando esse dia chegar, logo se verá...peço-lhe apenas que me relembre do assunto, quando cá voltar.
E assim foi. Antes da hora marcada para a celebração da missa, cheguei mais cedo e dirigi-me de novo á sacristia, e questionei o prior, sobre o assunto pendente, ao que me respondeu com determinação:
- "Lamento, mas não pode ser. Isso desviaria a atenção do que está previamente regulado e pessoas há que estão já destinadas para as Leituras".Sorri, não deixando porém de referir que "era por essa e outras mais, que a igreja católica, vinha perdendo a ritmo alucinante, até os mais fervorosos "simpatizantes"! - porque "fiéis", só a Deus.
Quando regressei, já o Mosteiro estava replecto de familiares, amigos, conhecidos e outras tantas pessoas que também pediam ao Alto, pelos seus defuntos. Dirigi-me para junto da minha mãe e filhos, os quais perceberam, pela minha expressão, que "a coisa" não se tinha desenrolado do meu agrado... - e pelos vistos...nem ao olhar de Deus - mas fiquei ali em silêncio.
A missa decorreu normalmente, não fosse a certa altura, já quase a terminar, ter surgido um "sinal" saído da boca do próprio prior, "representante de Cristo" - vá-se lá prever os SEUS desígnios - pois só eu tinha conhecimento do teor daquela história, acima referida.
Porém...Surpresa das surpresas:

Quando ele pronunciou os nomes das "almas que tinham partido deste mundo", e a quem se destinava aquela celebração ...
O NOME do meu pai, também ENCABEÇAVA A LISTA!

Tal foi o efeito que essa Revelação me causou...desabei num choro convulsivo - atitude que até então não tinha tido, nem sequer no dia da sua "partida". E para reforçar, esse "Sinal", ouvi, como que...telepaticamente:
- "Não foi necessário leres...tens aí a resposta!"
Ainda recordo, a alegria imensa, a surpresa que foi, os sentimentos numa mescla de comoção e gratidão, por aquele momento. Percebi que a alma - que antes fora meu pai nesta dimensão terrena - se encontrava na LUZ da CONSCIÊNCIA MAIOR a que chamamos DEUS.

Hoje aqui, presto-te homenagem, pai, avô, e meu amigo - benevolente, compreensivo, dedicado, atencioso, prestativo, bondoso, amoroso, justo, respeitador, observador, e tão silencioso... - por me amares tanto e...para sempre! E também pelas confidências que me fizeste - embora tardiamente - sobre assuntos Divinos, que mais ninguém soube. Agradeço ainda o gesto sublime, com que me presenteaste, e me surpreendeu deveras...pois fiquei ali a olhar, atónita, sem saber o que pensar. Tantas pétalas de camélia branca, que espalhaste pelo chão do meu quarto, sobre a caminha do Blacky - esse cão que tanto gostavas - e deixaste por fim, o que restou da flor, no braço do sofá - aos pés da minha cama. - Entendi que esse gesto se devesse, a não ter chegado a ver-te em tempo útil, na manhã em que partiste. Dei algumas delas aos teus netos e á mãe, para que acreditassem que vivias e estarias sempre connosco. As outras guardei-as numa redoma de vidro pequenina que mandei fazer especialmente. Soube mais tarde que a camélia na linguagem das flores quer dizer : espiritualidade.Neste nosso caso, pai e filha, bem se aplica o que vem escrito: "QUE NINGUÉM DESUNA O QUE DEUS UNIU!"
Fui uma privilegiada, e não só desta vez, pois sempre te revelaste o melhor pai, que os teus netos poderiam ter - lá saberás o projecto que a tua alma trazia e se fez cumprir. Um dia ainda me hás-de contar onde colheste a flor que desfolhaste para mim.
Deixo-te a minha Luz, simbolizada por estas velas e a energia pura, que brota do meu coração, feita de AMOR! Esta homenagem ficará aqui eternizada e a minha vibração chegará até ti sempre que a queiras sentir.
Os "sinais", estão aí todos os dias, são-nos dados através das coisas mais simples, para que nos (RE)LIGUEMOS; basta ficar atento/a! E não são necessárias doutrinas...religiões...
O meu pai sempre dizia: "tenho cá a minha fé" - nada mais se ouvia a respeito do assunto.

Faço votos, que a vossa atenção - não recaia apenas, no que tocam, vêem e ouvem, numa vertente puramente "física" - impedindo assim, que "se veja" "se ouça" e "sinta": PARA ALÉM DE...!
Porque só aí, reside a VERDADE! - e não, na matéria, como pensa a maioria - tal como se escreveu: "eu estou neste mundo, mas não sou do mundo"!Que todos os pais sejam abençoados.

(Abou Ben Adhem-sic in: "como enfrentar o milénio")